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Estiagem altera cenário nas propriedades rurais do Alto Uruguai

Publicado 31/03/2020 às 12:55
Paulo Bento | Fotos: Emater

Propriedade rural no município de Paulo Bento    |   Fotos: Emater/RS-Ascar

A estiagem prolongada na região do Alto Uruguai mudou o cenário das propriedades rurais, E em muitos municípios o abastecimento de água às propriedades tem sido por meio de caminhões pipa. Em diversas localidades, rios, sangas e riachos estão com pouca vazão e até mesmo alguns açudes já secaram.

A falta de chuva prejudica lavouras e a bovinocultura leiteira. Para amenizar a situação, a Emater/RS-Ascar, parceira da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), vem executando no Estado projetos que envolvem os programas Segunda Água e Mais Água Mais Alimento. A iniciativa visa a utilização de tecnologias sociais voltadas ao acesso de água para produção de alimentos das famílias.

Em diversas propriedades foram construídos microaçudes e açudes para irrigação. E seguem sendo executados projetos de irrigação para agricultores, como política pública para esta área.

Segundo o engenheiro agrônomo e extensionista rural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, Cezar da Rosa, em levantamento realizado em 18 dos 32 municípios do Alto Uruguai há problemas de abastecimento de água ocasionados pela estiagem. “Os rios, riachos e açudes apresentam volumes bem baixos”, observou. “Muitos municípios estão utilizando caminhões pipa para abastecer as famílias rurais e suas criações que necessitam de grande volume de água.”

Aurea Produtor Pedro Rigovski

Produtor Pedro Rigovski, de Áurea, recebe água por caminhão pipa

No município de Viadutos, por exemplo, onde os rios Apuaê e Apuaê Mirim apresentam vazão normal devido às chuvas ocorridas nos últimos dias, a situação não é tão crítica. Nesta segunda-feira, 30, choveu em alguns locais da região do Alto Uruguai, mas em volume pequeno, o que, conforme o extensionista, não amenizou os prejuízos dos produtores.

O agricultor Avelino Pieniak, de Erechim, que trabalha com hortigranjeiros, diminuiu a sua produção e teve, como consequência, uma redução de 50% na receita da propriedade.

Pieniak conta que, por enquanto, está buscando alternativa com água armazenada no açude destinado à piscicultura e também depende dos vizinhos. “Nosso açude também está secando”, conta. “Continuamos trabalhando na parceria de dois colaboradores, que também têm suas famílias. Como alternativa de futuro, pretendo investir em irrigação por gotejamento, cobertura orgânica e na cobertura de solo dos canteiros”, garantiu.

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