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Apresentação Francisco Basso Dias

Custos das culturas de soja e milho sobem mais de 25% na próxima safra

Publicado 18/05/2021 às 03:33

Levantamento da FecoAgro/RS aponta, no entanto, que mesmo com a alta, bons preços favorecem relação de troca
Foto: Divulgação

A FecoAgro/RS (Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul) divulgou, na segunda-feira (17), a primeira estimativa dos custos de produção para a soja e o milho previstos para a safra 2021/2022. A indicação do estudo, conduzido pelo diretor Técnico da entidade, Tarcísio Minetto, é que as duas culturas terão uma alta acima de 25% nos desembolsos para o próximo período.

Com isso, o desembolso do milho se elevou 27,36% em relação à safra 2020/2021. O custo operacional por hectare ficou em R$ 4.549,94, aumento de R$ 977,49 por hectare. Já o custo total de produção é de R$ 6.625,43. Em termos de comparação com a safra anterior, o valor é superior em R$ 1.590,85 por hectare.

Mesmo assim, neste mês, a relação de troca está mais favorável se comparado às últimas dez safras, desde a temporada 2011/2012, justificado pelos bons preços neste ano. Para cobrir os custos, conforme aponta o levantamento da FecoAgro/RS, o produtor precisará colher 51,70 sacas de milho ao preço atual de R$ 88 a saca para o desembolso e vai precisar colher 75,29 sacas para cobrir o custo total.

No caso da soja, os cálculos da FecoAgro/RS apontam um desembolso de R$ 3.098,25 por hectare, aumento de 29,98% na comparação com a safra passada e superior em R$ 714,70 por hectare. O custo total ficou em R$ 4.800,76 por hectare, elevação de 31,78% se comparado com o valor de R$ 3.643,02 da temporada passada.

Para que produtor gaúcho consiga cobrir o seu desembolso, será necessário vender a um preço médio de R$ 51,64 a saca e para cobrir o custo total terá que vender a uma preço médio de R$ 80,01 a saca. O sojicultor vai precisar colher 18,78 sacas de soja para cobrir o desembolso e de 29,10 sacas por hectare para cobrir o custo total. Ainda assim, é a relação de troca mais favorável das últimas nove safras, desde a safra 2012/2013.

Segundo o levantamento da FecoAgro/RS, a valorização do dólar frente ao real e a elevação dos preços dos principais produtos agrícolas em relação à ciclos anteriores impulsionaram a alta dos custos dos fertilizantes de demais insumos como defensivos, o que eleva o desembolso para próxima safra. Outro fator destacado na estimativa é o aumento dos combustíveis e nos preços das máquinas e equipamentos, que também apresentaram altas expressivas impactando na elevação nos custos das lavouras.

De acordo com o presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, é importante ressaltar que, mantendo-se os atuais preços pagos e os custos projetados, o produtor terá uma rentabilidade melhor na cultura do milho do que na soja, o que é importante para a cadeia de produção animal e a economia do Rio Grande do Sul.

O levantamento da FecoAgro/RS salienta que, embora o produtor esteja mais capitalizado neste ano, é preciso ter cautela pelo fato de ocorrer momentos cíclicos de bons preços, pois o mercado é volátil e o produtor enfrenta riscos. O estudo ainda conclui que é importante que o produtor se proteja com seguro agrícola e trave seus custos sempre buscando a sustentabilidade na produção.

por O Sul

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