Em ótima companhia em qualquer lugar
Rádio Difusão, a sua melhor escolha
Sintonize conosco e fique por dentro de tudo
Ouça os melhores lançamentos musicais
Difusão Pampa e Sertão
Apresentação
Paulo Frizzo
Brasil Caboclo
Apresentação
Edeovaldo Dias dos Santos

Da capital aos menores municípios: saiba como a vacina contra a Covid-19 deve ser distribuída no RS

Publicado 13/01/2021 às 09:09

O governo gaúcho esboçou um plano de distribuição de vacinas contra o coronavírus que aproveita o modelo de campanhas anteriores e pode ser dividido em três fases principais: separação das doses em Porto Alegre, remessas a centrais regionais em caminhões refrigerados e entrega nos municípios menores a bordo de veículos convencionais com uso de caixas térmicas.

A Secretaria Estadual da Saúde (SES) tem a expectativa de receber lotes da vacina de Oxford antes da CoronaVac, que divulgou eficácia global de 50,38% nesta terça-feira (12), mas a logística e a marca do primeiro imunizante a desembarcar em solo gaúcho ainda estão sujeitas a alterações. Não foram divulgadas até o momento datas ou quantidades a serem entregues — a SES estima lote inicial entre 200 mil e 300 mil doses até o final do mês.

— O Ministério da Saúde tem sinalizado a entrega primeiro da vacina da AstraZeneca (Oxford). Com esses anúncios recentes, a CoronaVac seria a segunda. Mas, com eficácia global próximo a 50%, seria interessante contarmos também com a da Pfizer, com eficácia acima de 90%, pelo menos para profissionais da saúde na linha de frente. Porém, essa última está mais longe da (aprovação da) Anvisa — afirma a diretora do Centro de Vigilância em Saúde do Estado (CEVS), Cynthia Bastos.

Outras questões fundamentais ainda estão pendentes, segundo Cynthia. Uma delas é em que locais serão aplicadas as injeções — se exclusivamente nas cerca de 1,8 mil salas de vacina existentes no Estado, se será exigida presença de médico no local, ou se a rede será ampliada a pontos como farmácias. Experiências em outros países estão sendo analisadas para selecionar os melhores locais e protocolos de aplicação.

Até mesmo o caminho dos imunizantes ainda pode sofrer alterações caso o Ministério da Saúde decida remeter diretamente as doses para os municípios. Nesse caso, o Exército e a Defesa Civil federal poderiam auxiliar. O plano A do governo gaúcho, até o momento, envolve a chegada dos lotes via Aeroporto Salgado Filho e a transferência para a Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), localizada em Porto Alegre. Ali, as remessas do Ministério da Saúde devem ser separadas em diferentes quantidades para envio às 19 coordenadorias regionais de saúde do Estado.

— O próprio governo conta com dois caminhões refrigerados, com temperatura de 2ºC a 8ºC, e está providenciando um terceiro. Enquanto estiverem fazendo as primeiras entregas, na Capital estaremos separando mais doses. Até fizemos uma simulação sobre se um maior número de caminhões agilizaria a entrega, mas uma boa parte do tempo é dedicada a essa tarefa de separação — revela a diretora do CEVS.

Esses caminhões poderiam deixar os imunizantes em até 36 diferentes pontos do Estado, de onde o material partiria em outros veículos para os demais municípios. Transportadores privados se colocaram à disposição para reforçar a frota estadual, mas, no momento, o governo os considera um recurso de emergência a ser utilizado conforme eventual necessidade. Para cumprir essa última etapa do trajeto, os frascos seriam acondicionados em caixas térmicas e poderiam ser conduzidos em veículos convencionais.

— Não temos prazo certo, mas toda essa logística poderia ocorrer em poucos dias. Nas campanhas contra gripe, conseguimos vacinar até 4 milhões de pessoas em um mês. No caso do coronavírus, isso pode ser diferente, até porque vai depender das entregas. Geralmente, trabalhamos com remessas semanais — afirma Cynthia.

Esse esquema básico pode ser reforçado, caso necessário, por meio de parcerias em negociação com empresas transportadoras ou redes farmacêuticas, por exemplo.Na eventualidade da chegada de vacinas que exigem refrigeração a -70°C, como a da Pfizer, podem ainda ser requisitados superfreezers de instituições como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mas a diretora da CEVS sustenta que as doses vêm em caixas térmicas capazes de manter a temperatura necessária mesmo ficando algum tempo em geladeiras menos potentes.

Os primeiros a receber as injeções serão profissionais da saúde e idosos. Quem estiver em instituições deverá receber a visita de aplicadores. O governo gaúcho ainda tenta incluir professores entre os beneficiados na primeira fase de imunização. Mais detalhes deverão ser definidos nos próximos dias.

por GZH / Marcelo Gonzato

MAIS LIDAS