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Polícia conclui que assassino agiu sozinho em ataque a creche de Santa Catarina

Publicado 14/05/2021 às 01:10

No dia 4 de maio a creche Pró infância Aquarela foi invadida por um homem com facão.
Foto: Sirli Freitas/Arquivo Pessoal

A Polícia Civil de Santa Catarina concluiu o inquérito sobre o ataque a uma creche em Saudades, no Oeste catarinense, e confirmou nesta sexta-feira (14) que o jovem que invadiu o local e matou cinco pessoas agiu sozinho e “tinha pressa”, pois queria “matar o máximo de pessoas”. Segundo o delegado Jerônimo Marçal Ferreira, o jovem de 18 anos planejava o ataque há meses. Ele segue preso preventivamente.

“Agiu consciente do que fez, o tempo todo. Ele planejou a ação já há vários meses, desde o ano passado ele vinha planejando. Então, foi um crime premeditado”, afirmou.

Conforme Ferreira, responsável pela investigação, o jovem “confessou que planejou e que agiu sozinho”. “Ele falou estar arrependido, mas eu não consegui aferir se era um arrependimento genuíno ou não”, disse o delegado.

Ainda segundo a Polícia Civil, o autor do ataque chegou a ir trabalhar no dia do ataque e no intervalo, esteve em casa e depois foi para a creche.

“Ele queria matar o máximo possível de pessoas, agiu com este objetivo e estava com pressa porque queria atingir o máximo possível. Então, ele tentava entrar numa sala, não conseguia, ia correndo para outra”, disse o delegado.
O jovem foi indiciado ainda na semana do ataque por cinco homicídio triplamente qualificados e uma tentativa de homicídio e segue preso em Chapecó, também no Oeste.

O inquérito concluído nesta sexta ouviu mais de 20 testemunhas e deve ser encaminhado ainda nesta sexta-feira ao Ministério Público de Santa Catarina.

Durante as diligências, a polícia descobriu que o jovem, inicialmente, tinha intenção de matar pessoas de seu convívio familiar, mas como não conseguiu adquirir arma de fogo, escolheu cerca de quatro dias antes o local do ataque

Auxílio internacional

Durante entrevista nesta manhã, o delegado geral da Polícia Civil, Paulo Koerich, afirmou que houve troca de informações com embaixada Americana no Brasil sobre o ataque. As investigações tiveram apoio de agências internacionais para identificar ações criminosas semelhantes em outros locais. No entanto, não foram repassados detalhes.

Com as informações obtidas nos dispositivos eletrônicos, quatro estados brasileiros também foram informados por Santa Catarina sobre casos de pessoas que desejavam cometer ataques parecidos. Os detalhes e locais específicos não foram divulgados pela polícia.

“Foi possível identificar que outras pessoas tinham intenções semelhantes ao do jovem de Saudades. Então, por causa, disso em razão da troca de informações, outros estados puderam agir e, possivelmente impedir que resultados semelhantes, condutas criminosas semelhantes”, disse o delegado regional de Chapecó, Ricardo Casagrande, sem dar detalhes sobre essas ouças ações.

Ataque

O ataque à creche aconteceu na manhã de 4 de maio. Três crianças de 1 ano e duas funcionárias, uma professora e uma agente educativa, morreram. Uma quarta criança ficou ferida, foi hospitalizada, mas recebeu alta no domingo (9).

O autor deu golpes contra si mesmo após o ataque e foi internado. Ele recebeu alta na quarta-feira (12) e foi levado ao presídio em Chapecó — Saudades, onde o crime ocorreu, não tem unidades prisionais. Ele passará por avaliação psicológica dentro da unidade.

por o Sul

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