Enquanto há cidades do Estado em que 100% da safra do milho foi perdida pela seca, a esperança está na chuva para manter uma produtividade regular na soja. No entanto, sempre que se fala em quebra de safra há a relação do aumento de preço das sementes. Há relatos de que o milho já tem preço sendo negociado próximo de R$100 a saca e a soja, quem tem disponível, possui contratos sendo firmados com valores próximos dos R$200 no Estado. A saca de 60 kg do milho já vem sendo negociada acima de R$ 100 na região de Campos Novos (SC).
O analista de mercado da HS Sementes, Mário Klein, confirmou esta alta e fez uma análise do que está por vir quando se fala especialmente em milho. Klein destacou que os alimentos, no geral, terão uma valorização devido a isso pelo custo de produção. Lembrou que a economia vai sentir também a falta de um dinheiro gerado pelo agro em sua circulação. As quebras com a seca , para Klein, trarão uma perda de R$ 100 bilhões de Reais no Brasil, sendo R$32 bilhões somente no Rio Grande do Sul.
Ainda conforme Klein, o mercado interno brasileiro, sem o milho previsto, precisará importar cerca de 5 milhões de toneladas até maio. Importar significa pagar mais caro do que o milho que deixou de ser produzido no Brasil. Porém, Klein chama a atenção para outro problema envolvendo a importação. A Argentina, que seria a melhor alternativa para isso, também enfrenta problemas climáticos e impacto na produção de milho. Com isso, haverá um obstáculo que poderá encarecer ainda mais as importações, alimentando assim a cadeia de alta no preço que se estende até os alimentos.
por Rd Uirapuru