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Volta às aulas: cuidados antes de deixar os filhos na escola

Publicado 21/01/2020 às 12:22

*Por Cristiane Bomfim, da Agência Einstein

A partir de fevereiro, se mantidos os números do Censo Escolar 2019, cerca de 34 milhões de crianças e adolescentes de todo o país devem voltar às aulas ou iniciar a vida escolar em algum ano do ensino infantil, fundamental ou médio. A nova etapa de aprendizado requer dos pais alguns cuidados para garantir a saúde e melhor vivência dos pequenos.

“O início deste novo ciclo de aprendizado requer atenção das famílias, que precisam estar próximas da escola e se sentirem parte dela tanto quanto as crianças”, afirma a pediatra Mércia Lamenha Medeiros, do Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). “Assim conseguirão acompanhar o desenvolvimento dos filhos e perceber questões relacionadas ao seu dia a dia.”

Confira algumas dicas sobre o período de volta às aulas listadas em uma cartilha da SBP:

1. Início da vida escolar ou mudança de escola: conhecer a escola ou a creche e professores. Uma visita ao ambiente escolar antes do começo das aulas é importante para a adaptação da criança. Não há uma regra: algumas precisam de mais tempo para se adaptar. A escolha da escola deve ser compatível com o estilo de vida da família (costumes, valores, crenças e objetivos). “Nem sempre a melhor escola da cidade vai ser a melhor para o seu filho”, diz a pediatra.

2. Vacinação: Verifique se as vacinas estão em dia. Crianças imunizadas ficam menos doentes e não contagiam os colegas. Sarampo, rubéola e catapora são exemplos de doenças perigosas que podem ser prevenidas. Algumas escolas pedem a carteirinha no ato da matrícula, mas esta é uma responsabilidade dos pais e a falta deste cuidado pode ser considerada negligência.

3. Alimentação: o cardápio da criança ou do adolescente na escola deve ser o mesmo (ou muito parecido) com o de casa. É preciso que seja balanceado e adequado às exigências das atividades dos alunos. A ingestão de água e frutas precisa ser estimulada pelos pais e professores. É importante tentar evitar as cantinas, a não ser que a proposta esteja alinhada com a rotina familiar. As principais refeições devem incluir legumes, carnes magras e frutas. E o café da manhã é fundamental. Jejum é para o mundo adulto e não para quem está em fase de crescimento e formação.

4. Sono: noites bem dormidas são importantes para um bom desempenho escolar. Sendo assim, a adaptação aos novos horários deve começar dias antes do início das aulas, para que os alunos estejam descansados e atentos na sala de aula. Adolescentes são mais sonolentos e precisam dormir por mais tempo. Por este motivo, estudar à tarde pode ser uma boa alternativa.

5. Peso da mochila: as mochilas devem ter até 10% do peso da criança. Ou seja, se o aluno pesa 50 quilos, a mala pode ter – no máximo – 5 quilos. Além disso, deve ocupar todas as costas até o início do bumbum e sempre ser carregada com as alças nos dois ombros. Quando a opção for mala de rodinhas, é preciso que a altura da alça seja compatível com o corpo do aluno de forma que ele não precise se encurvar. As mochilas devem ser arrumadas todos os dias para que o aluno leve só o que for necessário.

6. Visão: a saúde ocular das crianças também merece atenção. De acordo com o oftalmologista pediátrico Mauro Plut, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, os pais devem estar atentos a alguns sinais que podem indicar problemas visuais. E, se necessário, procurar um especialista:
– franzir os olhos para enxergar melhor;
– se aproximar do quadro negro para ver o conteúdo exposto;
– vermelhidão ou coceira nos olhos;
– pálpebra caída;
– estrabismo;
– dor de cabeça frequente.

7. Audição: baixo desempenho escolar pode ser um indicativo de problemas de audição. Por isso é bom estar atento quando a criança tem dificuldades para entender o que está sendo dito em volume normal, grita ao falar ou, ainda, precisa olhar para o rosto do interlocutor no momento de uma conversa.

8. Medicação regular: pais de alunos que precisam tomar medicação com regularidade em horário de aula precisam informar professores e coordenadores.

9. Bullying: é papel da escola fazer um trabalho educativo e preventivo sobre bullying, mas pais devem estar atentos às mudanças de comportamento que podem indicar que algo está errado no ambiente escolar. Os sinais são: pesadelos, terror noturno, choro excessivo sem motivo aparente, mudança no hábito alimentar, agressividade, apatia, perda de vontade de ir à escola, choro desmedido ao ir para a aula. “Se a criança passa mal na escola com frequência ou diz que não quer ir de uma hora para outra é porque tem algo errado e que precisa ser investigado”, diz a pediatra Mércia, da SBP.

 

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