A Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais presente no cotidiano dos jovens. Ferramentas que geram textos, vídeos, resumos, respostas automáticas e sugestões personalizadas fazem parte da rotina de quem estuda, trabalha ou se comunica online. A geração Z, nascida em um mundo já digital, convive diariamente com algoritmos que aprendem com seus hábitos.
Essa convivência, no entanto, levanta um debate importante: a IA é uma aliada no desenvolvimento ou uma possível ameaça à autonomia dos jovens?
No ambiente educacional, o uso da IA tem crescido de forma significativa. Aplicativos que ajudam na organização dos estudos, geram resumos, corrigem textos e até criam conteúdos prontos estão cada vez mais acessíveis. Muitos jovens relatam que ganham tempo e aprendem melhor com o auxílio dessas ferramentas.
Por outro lado, cresce a preocupação com a dependência tecnológica e a falta de pensamento crítico. Com tantas respostas prontas e sugestões automáticas, há o risco de reduzir a capacidade de análise e criatividade. Além disso, o uso intenso das redes sociais, movidas por algoritmos de IA, influencia comportamentos, preferências e até o humor dos usuários.
Pesquisas apontam que, embora a maioria dos jovens use ferramentas de IA com frequência, poucos entendem como essas tecnologias funcionam ou conhecem seus impactos a longo prazo. A falta de informação sobre privacidade de dados, riscos de manipulação e ética no uso da IA é um alerta para educadores, famílias e para os próprios usuários.
Apesar dos desafios, o cenário também traz oportunidades. A IA pode ser uma ferramenta poderosa para impulsionar o aprendizado, desenvolver novas habilidades e estimular a inovação desde que usada com consciência e responsabilidade.
O futuro da convivência entre a juventude e a inteligência artificial dependerá da forma como essa relação será construída: com curiosidade, senso crítico e equilíbrio.
Fonte: Repórter Camila Ruda | Rádio Difusão
