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Família de Vítima de Tragédia com Balão em SC Cobra Justiça e Denuncia Falta de Suporte

Publicado 9/07/2025 às 11:07

Em entrevista concedida nesta terça-feira (9), à Rádio Difusão, as advogadas Carolina Fiebig e Maíra Cazzuni, representantes da família de Juliana Savic uma das vítimas fatais do acidente com balão em Praia Grande (SC)  falaram sobre o caso que chocou o país em junho deste ano e repercutiu fortemente na região do Alto Uruguai.

Juliana, natural de Carlos Gomes e moradora de Áurea, perdeu a vida ao lado do companheiro Fábio durante um passeio turístico de balão que terminou em tragédia, ceifando oito vidas. As advogadas relataram que a família só teve conhecimento do acidente por meio das redes sociais e enfrentou dificuldades para obter informações ou apoio por parte da empresa organizadora do voo ou da prefeitura local.

“Elas entraram naquele balão para passear, como se fosse um dia comum. Algumas não voltaram para casa. Outras voltaram machucadas e sem nenhum tipo de suporte”, lamentou a advogada Carolina Fiebig.

Segundo o relato das profissionais, não havia nenhum protocolo de emergência ou apoio imediato no local do acidente. O piloto, único responsável técnico pelo voo, teria abandonado o balão sem prestar as devidas orientações aos passageiros fato que, segundo as advogadas, levanta questionamentos sobre imprudência e negligência.

“Nos preocupa o despreparo para uma atividade que é explorada comercialmente. O município e a empresa não prestaram qualquer tipo de assistência à família”, destacou a advogada Maíra Cazzuni.

A defesa também mencionou contradições nas declarações do piloto, além da ausência de medidas básicas de segurança, como comunicação com uma base em solo e a presença de um copiloto. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou que pretende regulamentar esse tipo de atividade, ainda sem regras específicas no Brasil.

A família de Juliana busca agora responsabilização civil e criminal dos envolvidos, incluindo o piloto, a empresa de balonismo e autoridades municipais.

“A dor da perda não tem reparação, mas a justiça é o mínimo que esperamos”, afirmaram as advogadas, que reforçaram o compromisso com o acompanhamento rigoroso da investigação em Santa Catarina.

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