A colheita da laranja em Aratiba (RS) inicia nos próximos dias, e o rendimento da safra 2020 já pode ser verificado nas propriedades. O Município, que há 2 anos tinha uma produtividade média de 22 a 25 toneladas da fruta por hectare, já registra resultados bem maiores.
Na propriedade de Ari José Antonietti, por exemplo, onde a família mantem o cultivo em 2 hectares, a produção deve chegar a 110 toneladas. “Isso representa uma renda de aproximadamente três salários mínimos por mês, é uma excelente alternativa”, comemora o agricultor, que conta com os conhecimentos técnicos do filho, que é agrônomo e se especializou na atividade.
Além de Antonietti, outros 450 agricultores locais se dedicam à laranja, em uma área total de 400 hectares. Somada, a expectativa de produção neste ano chega a 22 mil toneladas.
Em processo de profissionalização, as famílias investem para aumentar o período de colheita e, além das variedades tradicionais, plantam as precoces e tardias. “Com isso, conseguem permanecer mais tempo ativos no mercado e controlar a oferta do produto”, diz o secretário da Agricultura, Rafael Mohr.
O Município, segundo a administração, auxilia os citricultores comprando mudas e repassando-as com valor subsidiado. “Só neste ano foram compradas 8,5 mil mudas de citros, totalizando um investimento em subsídio de R$ 55 mil. Além disso, a citricultura integra o ‘Pacto por Aratiba’: o Município calcula 2% sobre o total do valor comercializado no ano pelo produtor e devolve o recurso. “É uma forma de incentivar a produção agrícola e viabilizar novos investimentos nas propriedades. Em 2020, os valores do Pacto serão pagos de agosto a dezembro, totalizando R$ 2 milhões. Cada agricultor poderá receber até R$ 10 mil, dependendo da sua movimentação financeira”, quantifica o governo local.