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Artista paranaense Ana Schoenell
expõe em Erechim

Publicado 7/11/2019 às 03:02
Artista plástica Ana Schoenell | Foto: Acervo da artista

Artista plástica Ana Schoenell   |   Foto: Acervo da artista

Inaugura em Erechim, na segunda-feira, 18 de novembro, a exposição Porque Respiro Arte, da artista plástica paranaense Ana Schoenell. Composta por pinturas de mandalas, paisagens, figuras humanas e estilo abstrato, a mostra acontece no saguão do Hotel Íbis (Rua Carlos Miranda, 71), até 24 de novembro. A visitação é das 19h às 22h, com entrada é franca.

Tela 'Cavalo'

‘Cavalo’

Nascida em Toledo, Ana já morou em Erechim em três momentos diferentes da vida e, por carinho à cidade e aos amigos, ela traz para cá, pela primeira vez, as suas criações em pintura por computador (computer painting).

A arte virou o ar que Ana respira já na maturidade e foi de uma maneira no mínimo inusitada, autodidata, que surpreendeu até a ela.

Tela 'Dois amores'

‘Dois amores’

Desde esse encontro, que aconteceu em uma madrugada insone em 2005, o seu pulsar a tem guiado na construção de uma sólida carreira. As sua obras já fizeram parte de muitas exposições pelo Brasi,em espaços como o Teatro Bolshoi, em Joinville (SC), a Livraria Novel, em Cascavel (PR); e o Navio MSC Music.

Tela 'Luz'

‘Luz’

Em 14 anos já soma diversos e importantes reconhecimentos, inclusive internacionais. E ela conta mais sobre tudo isso em entrevista concedida por e-mail ao site da Rádio Difusão. Confira.

Quando a arte surgiu em sua vida e como a senhora se reconheceu como artista?
A arte surgiu em minha vida em 2005, de uma forma inesperada e inacreditável. Foi em um momento em que eu tinha perdido tudo, materialmente falando. Até então, nunca tinha pensado em ser artista ou em querer pintar. E em uma madrugada, enquanto conversava com Deus, fui até o computador e então os primeiros traços coloridos surgiram. Naquele momento a emoção tomou conta de mim, foi uma inspiração inexplicável. E eu me reconheci como artista no momento em que o José Luiz, chefe de uma exposição temporária do Museu Nacional de Belas Artes, do Rio de Janeiro, me convidou para expor os meus primeiros traços e telas que acabara de pintar, há pouco mais de quarenta dias.

Então, as suas primeiras obras, produzidas a partir daquela madrugada insone durante cerca de 40 dias, já foram parar no Museu Nacional de Belas Artes? Como o chefe de uma exposição temporária conheceu as suas telas?
Estive lá no Museu e fui recebida pelo José Luiz, que fez o convite. Porém, a data que ele sugeriu para a exposição não fechou com a nossa estada no Rio de Janeiro. Estávamos lá devido ao trabalho do meu esposo.

Provavelmente o convite em si deve ter sido decisivo na sua vida. Como foi a sua trajetória desde então e quando o seu trabalho começou a ter destaque?
A minha trajetória sempre foi de expectativas e tentativas, buscando apoio cultural e com o sonho de começar a fazer exposições. Está sendo uma trajetória difícil, porque a arte no Brasil infelizmente não é valorizada. Só a partir do momento que começaram a ser feitas as impressões em Canvas no País é que museus passaram a aceitar a arte feita pelo computador. Sempre fui juntando minha coleção, criando novas formas, e comecei a perceber que aquilo fazia sentido na minha vida. Dava razões para continuar. Busquei nas cores uma maneira de encarar a vida diferente, passei a perceber que vivo e respiro a arte e, a partir de então, o meu trabalhado vem sendo reconhecido.

Esta é a primeira vez que vai mostrar o seu trabalho em Erechim. Quando a senhora viveu na cidade a arte já fazia parte da sua vida? Por que escolheu fazer a exposição aqui?
Não, quando residi no município eu trabalhava como balconista na Farmácia Erechim, e nem imaginava que arte iria fazer parte de minha vida. Isso foi há 30 anos. A escolha do local foi pelo carinho imenso que tenho por Erechim, pelas grandes lembranças, as ótimas amizades e pelo fato de minha mãe ter se criado em Gaurama.

Além da pintura por computador, a senhora ainda se dedica à escultura e escrita. Um dos projetos em que está trabalhando é a sua autobiografia. Já tem ideia de quando vai lançá-la? Há outros projetos nessas áreas também?
Não tenho nem ideia de quando irei lançá-la, por que agora farei várias exposições. Mas eu tenho um livro publicado, registrado em 2005 na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, chamado Poesia para todos. Na verdade, escrevi vários outros poemas que já renderiam um novo livro. Faço também restauração de fotos antigas e, ainda, em meu tempo vago, concílio o trabalho como terapeuta em Barra de Access.

Agora, 14 anos após esse despertar para a arte, como avalia essa etapa, o mudou na sua vida?
Passei a ser uma pessoa com mais confiança em mim, novos caminhos se abriram, fiz novas amizades, tive importantes reconhecimentos, como o de grandes galerias de arte. Passei a fazer parte de grupos de artistas renomados, fui laureada Embaixadora de Artes, Cultura e Letras pela Divine Académie Française des Arts Lettres et Culture. Meu trabalho foi aprovado para o Catálogo Internacional de Arte Moderna em Milão, Itália, em 2012: e me tornei membro da Academia Latino-Americana de Artes de São Paulo, cujo presidente é Fábio Porchat (pai do ator e humorista). Recentemente também fui nomeada Embaixadora e Diretora Cultural da região de Toledo (PR) e pelo Museu em Homenagem a Frida Kahlo (MUHFK), em Curitiba (PR). Estou vivendo um momento de grande satisfação em ver meu trabalho reconhecido!

Tela 'Casal', de Ana

Tela ‘Casal’, de Ana

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