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CPI ouve Queiroga e pode quebrar sigilo de Carlos Bolsonaro

Publicado 8/06/2021 às 09:20

CPI ouve Queiroga e pode quebrar sigilo de Carlos Bolsonaro | Foto: Myke Sena / Ministério da Saúde / CP

A CPI da Covid tomará, pela segunda vez, o depoimento do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em sessão que acontece nesta terça-feira (8), marcada para as 9h.

Antes do depoimento, a comissão deverá analisar 24 requerimentos. Entre eles há pedidos de convocação de integrantes do suposto gabinete paralelo ao Ministério da Saúde para aconselhamento do presidente Jair Bolsonaro e tomada de decisões sobre a pandemia. Outro pedido diz respeito à quebra de sigilo telefônico e telemático de inúmeras pessoas ligadas ao governo. Dentre elas, Carlos Bolsonaro, filho do chefe do Executivo.

O novo depoimento de Queiroga acontece após a CPI receber outras testemunhas sobre as ações do governo contra a covid-19. Na última quarta-feira (2) a médica Luana Araújo, que foi anunciada por Queiroga para o cargo de secretária Extraordinária de Combate à Covid-19, mas que acabou dispensada, contou sobre sua saída em decisões do Palácio do Planalto.

Os parlamentares deverão questionar Queiroga sobre sua autonomia nas ações contra o novo coronavírus. Para senadores de situação, no entanto, a reconvocação é uma medida protelatória para que não sejam ouvidos governadores e prefeitos sobre o uso das verbas federais na pandemia.

Queiroga deverá explicar também o impacto da realização da Copa América de futebol no país e ser questionado sobre recentes aglomerações promovidas pelo presidente.

Carlos Bolsonaro

O pedido de quebra de sigilo dos dados do vereador do Rio de Janeiro foi feito pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE). Em sua justificativa, o parlamentar citou o depoimento do ex-presidente da Pfizer no Brasil, Carlos Murillo, que afirmou que o filho do presidente participou de uma reunião do governo com o laboratório em dezembro de 2020.

Na visão de Alessandro Vieira, a participação de Carlos Bolsonaro pode ser um indício de que seu pai, Jair Bolsonaro, utilizava um aconselhamento paralelo ao do Ministério da Saúde.

“A transferência de sigilo dos dados ora solicitados desde março de 2020, mês em que a pandemia se iniciou massivamente no país, permitirá identificar os contornos da participação do vereador durante todo o período da pandemia em discussões nas quais deveriam tomar parte apenas os membros do governo e autoridades de notório reconhecimento na área da saúde”, explicou o senador.

Os requerimentos de Alessandro Vieira que serão analisados nesta terça-feira pela CPI da Covid pedem também as quebras de sigilo de dois ex-ministros do governo: Eduardo Pazuello, ex-Saúde, e Ernesto Araújo, demitido das Relações Exteriores.

O senador solicita ainda a transferência dos dados telefônicos e telemáticos (qualquer transferência de dados pela internet) para a CPI de Mayra Pinheiro, secretária do Ministério da Saúde que defende o tratamento precoce e já foi ouvida pela comissão, Fabio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação, e Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do governo.

A comissão avaliará ainda três requerimentos (dos senadores Alessandro Vieira, Rogério Carvalho, do PT-SE, e Randolfe Rodrigues, da Rede-AP) com o mesmo objetivo, o de convocar o ex-ministro da Cidadania Osmar Terra, considerado um dos principais conselheiros de Bolsonaro.

Outro suposto integrante do chamado gabinete paralelo também tem um pedido para depor. Randolfe Rodrigues pede a presença no Senado do virologista Paolo Zanotto, que surgiu em um vídeo recuperado na semana passada no qual defende a criação de um grupo de apoio ao tratamento precoce.

por CP

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