Nesta quinta-feira (24/07), celebra-se o Dia Nacional do Suinocultor, um momento para lembrar da importância daqueles que trabalham com o cuidado e a criação de suínos em todo o país. Mais do que isso, é uma data para destacar o desenvolvimento do setor e as técnicas aplicadas para facilitar o trabalho no meio rural, como a utilização de dejetos dos animais para a fertirrigação e para a produção de biogás.
“A suinocultura é uma atividade importante no processo de desenvolvimento econômico dos municípios, gera renda e emprego no campo e na cidade, mas também produz um resíduo que, se não for bem manejado, pode levar o produtor a ter problemas no sentido de transformar esse resíduo num passivo ambiental”, alerta o extensionista rural da Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, Valdir Sangaletti. A gestão correta dos dejetos líquidos é uma forma de não apenas reduzir os impactos no meio ambiente, mas também de “transformar esses dejetos num ativo financeiro, numa oportunidade para a agricultura”, complementa o extensionista.
O processo inicia-se pela armazenagem adequada dos resíduos, que são tratados de acordo com o projeto implantado pelo produtor. Com os dejetos tratados, eles podem ser usados na fertirrigação de pastagens e outras culturas agrícolas. Sangaletti relata o exemplo da suinocultura aplicada na região de Frederico Westphalen, que está ligada diretamente à produção de leite. Lá é comum que a armazenagem aconteça em esterqueiras e o tratamento utilize biorremediadores e homogeneizadores, indicados para pastagens e milho para silagem.
Já para a produção de biogás, após a etapa do armazenamento, é utilizado um biodigestor, o qual permite que microrganismos decomponham a matéria orgânica na ausência de oxigênio, a chamada biodigestão anaeróbica. Esse processo gera o biogás e também um produto homogêneo, rico em nutrientes, que pode ser aplicado como biofertilizante em plantações.
Muitos suinocultores trabalham no sistema de integração, em que existe um contrato de parceria entre o produtor e uma empresa. A Emater/RS-Ascar não interfere nas relações comerciais, mas atua em outras frentes. “Fazer uma boa análise econômica e de risco do empreendimento garante um melhor diagnóstico da realidade daquela propriedade, que será debatido e avaliado com a família. Também colocamos à disposição a elaboração de projeto de crédito e projeto de licenciamento ambiental”, sugere Sangaletti.
“Depois da produção ter começado, a gente pode orientar para fazer gestão econômica da suinocultura, manejo da água e do solo, junto com análise do manejo do dejeto, para o uso racional na agricultura. Esta recomendação respeita o que determina a legislação ambiental. Fazer análise da viabilidade de instalação de biodigestores, valoração dos dejetos e o uso do seu potencial agronômico na agricultura, e também a elaboração e orientação de projetos de fertirrigação e do seu uso nas lavouras”, completa.
Foto: Divulgação Emater/RS-Ascar
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