Polícia Civil prendeu na tarde de ontem(16) o segundo suspeito de envolvimento na morte da indígena caingangue Daiane Griá Sales, 14 anos, ocorrida em Redentora no último dia 31 de julho. O corpo da menina foi localizado alguns dias depois com sinais de estrangulamento, sem roupa e com um grave ferimento na virilha. A perícia indicou que o ferimento foi causado por animais após a sua morte. A investigação chegou aos dois rapazes presos porque eles foram os últimos a serem vistos com a menina na noite que desapareceu. Os dois são brancos e não vivem na aldeia. Um deles foi preso ainda no dia 15 e o segundo ontem (16).
O assassinato aconteceu a poucos metros da reserva indígena da Guarita, a maior do Rio Grande do Sul, onde vivem cerca de 8 mil caingangues e algumas centenas de guaranis.A menina havia participado no dia 31 de um evento de som automotivo, onde vários carros estacionam em um terreno e ali os jovens fazem uma festa.
O Ministério Público acompanha de perto o caso e há indícios do fornecimento de bebidas na festa para menores. O promotor de Justiça Miguel Germano Podanosche, que acompanha o caso, diz que há indícios de possível estupro seguido de homicídio, praticado por homens não indígenas. A Polícia segue ouvindo mais testemunhas nesta semana.
por Uirapuru