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Quebra na produtividade da soja chega a 30% na região do Alto Uruguai

Publicado 18/03/2020 às 01:14

A falta de chuvas na região do Alto Uruguai, agravada nos últimos 22 dias com temperaturas altas, prejudicaram as lavouras e os mananciais hídricos. De acordo com o informativo conjuntural do Escritório Regional da Emater/RS-Ascar de Erechim, a produtividade inicialmente estimada não se confirmou nas lavouras de verão. Os rios e córregos também estão secando.

As lavouras de soja, com 238 mil hectares cultivados, estão com 30% em fase de enchimentos de grãos, 50% em maturação e 20% colhida. A estimativa de perdas no momento, segundo o relatório, é de 30% da produtividade inicial esperada de 3.849 kg/ha (64,15 sacas por hectare), baixando para 2.700 kg/ha).

A situação se repete nas lavouras de milho grão, com área plantada de 44 mil hectares. A produtividade esperada era de 9.274. E a falta de chuva também prejudicou os hortigranjeiros.

Criações
O levantamento da Emater/RS-Ascar aponta que a falta de chuvas afetou fortemente a qualidade das pastagens, que se encontram mais fibrosas e menos palatáveis aos animais. Constatou-se que o consumo voluntário de forragem vem diminuindo.
As pastagens nativas tiveram crescimento praticamente nulo na semana passada.

Em termos de variedades, para bovinos de leite a tifton é a principal espécie utilizada. As variedades nativas são basicamente para a bovinocultura de corte. As pastagens anuais, como sorgos e milheto, não se estabeleceram devido à baixa umidade do solo. Os produtores estão procurando compensar a baixa qualidade dos pastos suplementando com silagens e concentrados no cocho.

Bovinocultura de corte
De acordo com informativo conjuntural da Emater/RS-Ascar, os rebanhos estão saudáveis, embora sem ganhos de peso significativos. O mercado está sendo o considerado fraco pelos produtores, com poucos negócios realizados na semana passada. E, com os preços estáveis, o novilho vem sendo negociado, em média, a R$ 6,25/kg; boi gordo a R$ 6,00/kg para animais europeus e vacas a R$ 5,00/Kg.

Bovinocultura de leite
As altas temperaturas da semana reduziram o nível de bem-estar dos animais. Em sistemas pastoris, a ausência de água e sombra nos piquetes dificultam a dispersão do calor pelos animais, enquanto nos sistemas confinados, ventilações e borrifadores insuficientes tornam o ambiente interno dos galpões quentes e abafados.Os rebanhos apresentam boas condições sanitárias.

A produtividade das vacas está diminuída, com estimativas de 15% de redução na produção de leite, cujo preço ficou, em média, R$1,35/L.

Apicultura
A colheita está finalizada, com produtividade média de 20 kg/colmeia, segundo levantamento da Emater/RS-Ascar. O clima seco da semana facilitou a ação dos enxames para coleta de pólen e néctar. Sem registro de mortandade de abelhas. Enxames fortes e ativos.

O produto está sendo comercializado entre R$ 9,00 (atacado) e R$ 20,00/kg (varejo); o pólen (embalagem de 130gr), a R$ 15,00; a própolis (embalagem de 100ml), a R$ 15,00, e saches a R$ 50,00/kg

Frutícolas

Morango – Na região, são cultivados 8,2 hectares. No momento, estão sendo plantadas mudas espanholas com florescimento e formação inicial da fruta. Pouca precipitação de chuva melhora a sanidade dos frutos. Preço de R$ 12,00 a R$ 20,00/Kg

Laranja – A região conta com 3.100 hectares plantados. Os pomares sentem a deficiência hídrica pela falta de chuvas.

Bergamota – A região tem 379 hectares plantados. Variedade Satsuma Okisto em plena colheita com preço de R$ 30,00 a caixa. Variedades tardias em fase de desenvolvimento de frutas, possível queda na produção pela estiagem ocorrida.

Figo – Na região existem 25 hectares cultivados, sendo Jacutinga o município que possui área de plantio e produção. A produtividade do ano é de 15 t/ha. Até o momento 86% do figo da região estão colhido. O preço de venda é de R$ 5,00/kg. Falta fruta para abastecer as agroindústrias da região.

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