Evento de 11 dias uniu literatura, música, teatro e cultura étnica, com recorde de autores locais e forte participação da comunidade escolar
A 26ª Feira do Livro de Erechim, encerrada no domingo (10), foi considerada um grande sucesso pela Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Economia Criativa. O titular da pasta, Wallace Soares, destacou que mais de 20 mil pessoas passaram pela Praça Prefeito Jaime Lago ao longo dos 11 dias de programação, o que reforça a vocação cultural da cidade e o potencial de crescimento do evento nos próximos anos.
“A feira não foi apenas sobre livros foi uma feira cultural completa. Tivemos leitura, música, teatro, economia criativa, autores locais, integração de etnias e muito mais. Tudo isso num espaço democrático, com acesso gratuito e presença massiva da população”, afirmou o secretário.
Com a participação ativa das quatro universidades de Erechim IFRS, URI, UFFS e Ideau a feira promoveu cerca de 70 atividades para todas as faixas etárias, desde alunos do ensino fundamental até o público adulto. Uma das ações mais elogiadas foi a entrega de vales-livro no valor de R$ 30 para estudantes da rede pública municipal. Os vales podiam ser trocados por livros durante a feira, incentivando a leitura em casa com apoio da família. “Mais de 60% dos vales foram utilizados, o que superou nossas expectativas”, destacou Wallace.
A presença de 28 autores locais e seis convidados de fora também foi um marco. A jornalista e patrona da feira, Maria Lúcia Carraro Smaniotto, conduziu entrevistas ao vivo com os escritores, aproximando o público das obras e incentivando o diálogo sobre a produção literária da região. “O papel escrito permanece como um legado. Registrar nossa história é essencial”, reforçou o secretário.
Além da literatura, a programação contou com apresentações musicais, como o show da banda Vera Loca, que lotou a praça, e um tributo especial ao músico Gildinho com os Monarcas. Outro destaque foi a integração cultural com apresentações de grupos das etnias israelita, italiana, alemã, polonesa e afro-brasileira.
Segundo Wallace Soares, a estrutura e a localização da feira também contribuíram para o sucesso. “Praça é lugar de feira. O espaço é simbólico, acessível e cheio de significado para a comunidade. Estamos estudando formas de ampliar a estrutura para comportar ainda mais público nas próximas edições”, afirmou.
O secretário adiantou ainda que Erechim se prepara para receber em julho a final estadual das invernadas artísticas do Enart, evento que deve atrair cerca de 4 mil dançarinos e movimentar toda a rede hoteleira e comercial da cidade. “Será mais um momento de fortalecimento da nossa cultura e da economia criativa”, completou.